Com a concentração de uma Força, sob a ação de um Poder incomensurável,
surge a semente. Por muito tempo ela se basta a si própria, dorme e deleita-se
consigo mesma.
Em certo ponto, nasce em si uma nova percepção, algo do qual
nunca havia se dado conta toma seu ser e ela sente um imenso espaço e nesse momento sua
aparente visão se divide em duas. Uma parte quer ser sempre una. Outra quer
mergulhar no infinito vazio para encontrar o que agora lhe é desconhecido.
A semente se impulsiona e há tantas possibilidades a serem
manifestadas a partir de sua ação que, nascem numerosos brotos e ramificações,
surge o tronco que sobe forte e determinado, galhos, ramalhetes, flores, frutos
e novas sementes.
Para cada semente nascida, a história se repete. Sempre trazendo
em sua formação: a concentração de uma Força, sob a ação de um Poder incomensurável.
Traz com ela o registro energético de um incalculável desdobramento para assim
tudo novamente iniciar.
Em cada galho, ramalhete, folha, as duas percepções iniciais
vão se casando. Uma visão segue fragmentando cada etapa: a raiz se sente raiz,
diferente do tronco, este por sua vez se difere de sua casca e galhos, esses se
percebem diferente das folhas, dos frutos, das flores. Enfim, a cada momento
que as possibilidades vêm se formando surge também uma autopercepção se
segmentando.
A outra visão, aquela que desde o início não se fragmenta,
segue acompanhando a primeira, conjugando cada etapa com ela, promovendo o elo
de unidade em tudo quanto se manifesta, conectando cada ciente parte em busca de que
semente, raízes, tronco, galhos, folhas, frutos, flores: seja Árvore.
Até esse ponto já é grande a reflexão, mas além disso há de se pensar que, se tudo se corresponde, esse elo se estende a todas as Árvores, a Tudo Quanto Há. Dessa forma então é que, em um grau extremamente mais elevado,
unificada as diferentes percepções, alcança-se a Consciência Cósmica e Sabe-se
que É uma só Força, Poder e Querer Superior, provindo de uma fonte Inefável. Esse É UM Grau ainda inconcebível, mas é lá que de fato a semente eternamente dorme, basta-se e
deleita-se.
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