Mais do que empreender um caminho de
graduação perceptiva e ter cada vez mais próximo a mão, a chave capaz de
conduzir o ser por um caminho de Libertação, constitui-se ao buscador da
verdade o desafio de conviver com as pessoas que estão ao seu redor e
lembrar-se de que essas não estão isoladas de si. Ao contrário, integram seu
ser, não lhe sendo possível tão somente fugir delas. Cabe ao estudante do
Hermetismo, aplicar seus ensinamentos em prol de ampliar sua percepção em
direção a uma análise mais ampla.
O estudante diante do
conhecimento pode fazer o que quiser: ignorar ou desprezar a tudo e a todos, pois
esse é um direito próprio com base na legitima liberdade do ser. Tal
possibilidade não fere a ninguém, pois todos são libertos, dentro daquilo que acreditam.
Contudo, aquele que entende o chamado da Era e se coloca no lugar de
instrumento do Grande Mestre, compreende que é através de uma cosmopercepção monista que se pode sentir verdadeiramente ao Todo.
Com esta autociência, por certo, sente-se um peso nos ombros, uma responsabilidade maior que o discípulo passa a ter ao aplicar as Leis Universais e, a partir disso, orientar ao maior número
possível de pessoas por esse caminho. Instruir, não é sinônimo de doutrinar,
catequizar ou dogmatizar. Muitas são as formas de instrução, pois muitos são os
meios pelos quais os diferentes seres aprendem. Assim, pelo exemplo, conselhos,
por um texto, ou mesmo pelo grau de vibração podemos se levar “luz” a nós mesmos e aos seres ao
nosso redor.
É assim que o estudante, ciente dos
Princípios Universais, entendendo que o universo é mental, pode estar mais
centrado em todos os eventos, analisando, equalizando, aprendendo a todo tempo.
Em certo ponto entende que, por tudo aprender, tudo tem a ensinar.
Porém, há de
se ter o cuidado em não criar a expectativa de que está em suas mãos clarear a
todos que o cercam. Bendita é lamparina que em uma mansão escura ilumina um
quarto.
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