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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Conhecimento-Informação x Conhecimento-Sabedoria




A Mente não é o mesmo que Consciência, porque é composta de infinitas fragmentações perceptivas, que tendem a se identificarem como unidades discretas e localizadas. Por sua vez, a Consciência é absoluta, pois está presente em tudo quando há, transcendendo a todo e qualquer limite.

A este respeito, existe algo que pode passar desapercebida-mente pelo estudante, caso não examine a problemática da mente com a devida atenção: se existem limitações perceptivas e se essas determinam o transcorrer de um ponto a outro diante das informações atualizáveis na Consciência, o que acontece no preciso momento onde ocorre a separatividade? O que há no "meio" entre "o que foi" e "o que "é", entre "o que é" e "o que será"? Enfim, que coisa promove a precisa mudança capaz de promover a sensação de linearidade dos acontecimentos? Na verdade, é a incapacidade de a Mente perceber a continuidade da Consciência que promove uma percepção descontínua de tudo quanto há. A Mente utiliza-se, então, de um dos seus mais sofisticados recursos para elaborar as aparentes fragmentações: a memória, a qual existe para armazenar e classificar as partes que consegue reter e mensurar.

Quanto maior for o grau de memória do ser, maior é sua percepção quanto ao elemento diante do qual a mente está focalizada. Por exemplo, uma pessoa diante de uma "árvore" pode analisar a beleza de sua folhas, observar sua cor e formas, o tronco e os galhos. Mas, se nos seus registros mnemônicos constar que, quanto à determinada espécie, há certo tipo de solo e condições, relacionadas a maior ou menor exposição ao Sol, a pessoa terá condições de trazer à sua percepção muito mais elementos do que outra que desconheça tais aspectos. Isso tanto pode possibilitar maior liberdade como prisão. Nesse exemplo, existe um razoável nível de liberdade perceptiva, devido à focalização progressiva diante das características específicas da árvore, ligada, inclusive, ao conhecimento dos fenômenos naturais de causa e efeito relacionados ao crescimento do vegetal. Tais conhecimentos, quando aplicados como um estímulo à análise, mediante estudos por correspondência, comparação e contraste, podem elevar o conhecimento de um grau de informação para um grau de Sabedoria. Contudo, podem significar outro nível de prisão mental, na medida em que o ser utiliza um conhecimento, específico e localizado, de forma a limitar ainda mais sua percepção, determinando como total e verdadeiro o ponto de vista a partir do qual enxerga. 

Por isso é que há de ter cuidado com o conhecimento-informação adquirido e armazenado na mente, pois, nesse caso, a memória pode chegar a um limite em que, para continuar a agir, necessitará constantemente excluir e limitar grande parte do conteúdo registrado em relação a um objeto visto. Em relação ao Conhecimento-Sabedoria, quanto mais o seu acesso ocorre através da clareza intuitiva, mais tende a expandir-se em direção ao Infinito.






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