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...Todo encontro É UM reencontro...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Textos originais do Mestre José Laércio do Egito - Estudos Universais .'.E.'.U.'.


No Grupo Estudos Universais, optamos por disponibilizar os textos do Mestre José Laércio do Egito em seu formato original, sem revisão. O Mestre Laércio escrevia de forma muito rápida, produzindo, por vezes, dezenas de textos por dia. Embora alguns erros ortográficos e poucos erros gramaticais estejam presentes, o sentido geral é facilmente compreendido por qualquer leitor.

Além disso, os textos contêm inúmeros mistérios e chaves iniciáticas em símbolos, letras e outros elementos, o que confere à leitura um significado mais amplo do que o nível intelectual. Por essa razão, consideramos perigoso realizar revisões, a menos que sejam feitas com extremo cuidado, pois há o risco de perder chaves importantes para a compreensão esotérica do conteúdo.

Pensamento - conexão - egregoras


O pensamento é um caçador de vibrações, é como uma antena sempre a sintonizar em ondas que são emitidas por fontes diversas que se emaranham por numerosos níveis e planos, desdobrando-se imensuravelmente. Uma egregora se origina de certa condensação de vibrações recíprocas que tendem a se expandir continuamente enquanto houver seres a sintonizarem em sua frequência de forma a reforçá-la. Ou seja, A egregora é a condensação da energia-ideia essencial. Enquanto que o pensamento é o movimento da mente em atração ou busca pela frequência irradiada a partir de determinada fonte emissora (egregora), que por sinal não apenas emite, mas também se abastece das vibrações que lhe chegam a partir da intensidade dos acessos que recebe. Há, portanto, um via de mão dupla no qual transitam todos os Princípios Universais, que estão desfilando para aqueles que já podem ver.

Isso não quer dizer que apenas por se pensar, já se está conectado, pois por serem frequências estão vibrando no ar e facilmente podem ser captadas pelo pensamento, o que determinará a conexão será a intensidade da focalização, da valorização e, principalmente, da materialização de ações sob a influência daquela irradiação. Um pensamento, da mesma forma que entra na percepção da pessoa, pode também sair dela.


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A Magia...

Hermetismo e Magia
É certo que, no que se refere à Magia, muito tem sido distorcido ou abordado apenas superficialmente. Existem, de fato, muitos "papagaios" no meio dos estudos herméticos que, ao ter acesso a conceitos e ensinamentos, passam a repeti-los sem vivenciá-los com propriedade. Isso, na verdade, não é algo maléfico; denota apenas um grau do desenvolvimento psíquico do ser.
A Magia, vista pelo Hermetismo da Linha da VOH, não é apenas muito mais ampla, mas também traduz e redimensiona, em última análise, a Mais Alta Magia que a linhagem humana buscará desenvolver no processo de Libertação do Mundo Imanente.

A Origem do Conhecimento Hermético
É certo que Thoth – Hermes Trismegisto – foi o responsável pela estruturação das Leis Herméticas e das Escolas de Mistérios — Câmaras Espirituais — que aprofundavam especificamente em cada Ciência, entre elas a Magia. Ao longo dos tempos, com o declínio daquela civilização, o conhecimento fragmentou-se e espalhou-se pelo mundo, ganhando diversas conotações ao contato com outras linhas de investigação. Embora tenham a mesma origem, elas adquirem os valores culturais e perceptivos de cada povo ou civilização. Sabemos que nos registros de antigas civilizações há citações da magia egípcia, da caldaica, da fenícia, da persa, da judaica (representada na Cabala), além de haver indícios de que povos de continentes extintos também exerciam magia.

Magia, Mentalismo e Alquimia Mental
A partir do movimento mentalista, que teve um grande impulso no final do século XIX e início do século XX, tem ocorrido uma grande simplificação da Magia. Há muita confusão entre Magia e Alquimia Mental, sendo características de uma atribuídas à outra.
“A Magia visa despertar poderes pela utilização de práticas ritualísticas com objetos e símbolos que servem como 'suportes' para a sintonia mental precisa” – JLE.
Em essência, a Magia — que não é o mesmo que ilusionismo teatral ou prestidigitação — requer alguns subterfúgios imprescindíveis para acontecer, como ambiente adequado, objetos especiais e rituais precisos. Sem o intuito de aprofundar aqui, destacamos a existência da Magia Mimética, Magia Encantatória e Magia Talismânica, também chamada magia dos pentaclos ou dos amuletos. Essa noção, bem básica, mostra que a Magia não é simplesmente o que vem sendo afirmado por mentalistas ou hermetistas que não têm uma base mais profunda. Na Linha da VOH, fica claro que existem grandes processos para se chegar a algum domínio da Magia e, com isso, também a uma maior propriedade para falar sobre ela.

O Princípio do Mentalismo e a Alquimia Mental
Um outro ponto de confusão dentro dessa questão, certamente, está na interpretação do enunciado que afirma “O Universo é Mental” – Princípio do Mentalismo. Sem dúvida, o Universo é Mental, e tudo existe na Mente do TODO. É possível realizar qualquer magia e criar qualquer realidade a partir da mente. Nessa esfera reside a arte da Alquimia Mental, pois tudo que existe manifesto no Universo, seja no nível que for, é Vibração, circulando em diferentes frequências e faixas vibratórias. Pela Arte da Transmutação Mental, qualquer vibração pode ser alterada, resultando naquilo que se quer criar, sempre dentro das Leis Universais, pois nada escapa a elas. Contudo, isso requer grande maestria, e é tolice acreditar que, sem as Chaves e o Conhecimento Arcano adequado, se pode atingir esse patamar.
A Humanidade caminha para o mergulho na Mente Universal, para a volta ao UM, mas esse processo de Éons não deve ser projetado nas vivências ilusórias do Plano Imanente, de forma a se confundir com o próprio Poder Superior. Como afirma o Caibalion: “Quão diferente é esta da horrível meia-verdade tão estrondosamente anunciada por alguns dos falsos sábios, que enchem a atmosfera dos seus gritos: ‘Eu sou Deus!’ Imaginai o pobre diabo de Micawber ou de Uriah Heep, gritando: ‘Eu sou Dickens’; ou algum dos humildes bobos das peças de Shakespeare, anunciando com grandiloquência: ‘Eu sou Shakespeare!’ O TODO está até na minhoca, contudo, a minhoca está longe de ser o TODO.”

A Abordagem da Linha da VOH
É por tudo isso que o Hermetismo da Linha da VOH não enfatiza a Magia, ao menos não nas Câmaras iniciais, onde o estudante buscará, antes de mais nada, entender esse Plano, conhecer as Leis que o regem e compreender os mecanismos dos códigos sócio-histórico-culturais que aprisionam o ser. Estudar a Mente e a Consciência, ou seja, compreender o Plano Imanente e especular analiticamente sobre o Transcendente, sendo levado a senti-lo. Então, vem o estudo da Energia e do Universo Virtual, universos paralelos, multiversos, o aprisionamento e a Libertação. A partir disso, tudo é ressignificado, e percebe-se a ilusão em que muitos magos se aprisionam, por apego à magia, pelo desfrute de um suposto prazer gerado por um poder relativo que muito mais limita do que expande. No entanto, é válido frisar que essas altas análises, em nenhum momento, fazem com que a Magia seja reduzida ou simplificada; apenas ressignificada em prol dos sentidos mais amplos relacionados à Libertação.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

DEUS segundo Baruch Spinoza - (Filósofo holandês do século 17)




"Pára de ficar rezando e batendo no peito!
O que Eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. 
Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.
Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a Minha casa.
Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias.
Aí é onde Eu vivo e aí expresso Meu amor por ti.
Pára de Me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau.
O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não Me culpes por tudo o que te fizeram crer.
Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver Comigo. Se não podes Me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não Me encontrarás em nenhum livro!
Confia em Mim e deixa de Me pedir. 
Tu vais Me dizer como fazer Meu trabalho?
Pára de ter tanto medo de Mim. 
Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo.
Eu Sou puro amor.
Pára de Me pedir perdão. 
Não há nada a perdoar.
Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio.
Como posso te culpar se respondes a algo que Eu pus em ti? 
Como posso te castigar por seres como és, se Eu Sou quem te fez?
Crês que Eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?
Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.
Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti.
A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.
Eu te fiz absolutamente livre. 
Não há prêmios nem castigos. 
Não há pecados nem virtudes. 
Ninguém leva um placar. 
Ninguém leva um registro.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei.
E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não.
Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... 
Do que mais gostaste? 
O que aprendeste?
Pára de crer em Mim - crer é supor, adivinhar, imaginar.
Eu não quero que acredites em Mim. 
Quero que Me sintas em ti.
Quero que Me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.
Pára de louvar-Me! 
Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja?
Me aborrece que Me louvem. 
Me cansa que agradeçam.
Tu te sentes grato? 
Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo.
Te sentes olhado, surpreendido?... 
Expressa tua alegria! 
Esse é o jeito de Me louvar.
Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre Mim.
A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas.
Para que precisas de mais milagres? 
Para que tantas explicações?
Não Me procures fora! 
Não me acharás. 
Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti "

sábado, 31 de janeiro de 2015

Estamos dançando...

"Dançamos a dança da Vida, no Palco do Tempo, Teatro de Deus..."
                                                           Sagrado Coração da Terra


Quando o ser atinge um maior grau de lucidez, compreende as Leis do Universo e mais facilmente percebe a teia de códigos que envolve tudo a nossa a volta e dita as regras e paradigmas que condicionam as condutas e crenças das pessoas. Todos os graus de importância que são atribuídos as coisas são apenas graus de uma mesma coisa, os valores são sempre relativos. Nossa busca deve primar pela não valoração em graus, mas sim pelo conhecimento da Essência Primordial que subjaz a Tudo Quanto Há. Nada deve ser enrijecido na fôrma do certo ou errado, tudo está em movimento e nós estamos dançando...




sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Percepção da Egopersonalidade e Personalidade Essencial



Existe uma expressiva discrepância entre a egopersonalidade e a personalidade essencial que compoe a dualidade do Eu que todo ser humano possui. De fato uma dificilmente reconhece a outra, devido a grande diferença vibratória entre elas, sendo uma mais ligada aos desdobramentos objetivos do ser (Egopersonalidade) e outra aos aspectos subjetivos (Personalidade Essencial). E se já é difícil de uma perceber a outra no próprio ser ciente, ainda mais será percebê-las em outro ser. Dessa forma a egopersonalidade de uma pessoa perceber a sua personalidade essencial é algo praticamente impossível, pois são desdobramentos de sephirots que sequer se ligam. Assim, naturalmente, para alguém em estado lúcido com sua personalidade essencial, o que acontece em estados alterados de percepção, será de fato mais simples de perceber personalidade essencial de outrem. Também pela ótica de sua egopersonalidade será mais simples perceber a egopersonalidade de outros. Existe, portanto, um caminho de desenvolvimento das capacidades perceptivas superiores para poder se contatar de forma mais precisa aquilo que é mais sutil e essencial em uma pessoa. Algumas pessoas já nascem com essa capacidade, outras a desenvolvem com facilidade a partir de estudos místicos direcionados, como Leitura de Aurea, Reiki, Visualização etc. Certamente são pessoas que em encarnações anteriores já trilharam por esta Senda e agora só fazem reencontrar uma habilidade já desenvolvida. Contudo, a pessoa que não se sente ainda tão preparada para essas leituras mais finas da essência dos seres que lhe rodeiam podem, a partir do conhecimento das estruturas, leis e propriedades desse processo se aproximar com maior precisão, ainda que não plena, através de um acionamento intuitivo, de uma limpeza dos pré-julgamentos e valores objetivos e materialistas que alimentam a egopersonalidade. A partir disso a pessoa vem se aproximando mais da essência daqueles que lhe cercam. Porém, é deveras relevante ressaltar a importância da pessoa buscar exercitar isso em si mesmo, buscando a cada dia se conhecer, reconhecendo essa dualidade do seu Eu e a maneira como cada uma das duas características atua, compreendendo em que estados consegue se conectar e perceber a atuação mais de uma ou outra. Por esse autodesenvolvimento pode-se mais facilmente iniciar-se misticamente na habilidade de perceber o outro em níveis mais finos e superiores, reconhecendo aquilo que está para muito além do visto.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A Consciência e Purusha


Purusha e Prakriti são termos da doutrina védica trazidas ao estudo do Hermetismo de forma a evidenciar a correspondência que existe entre aquele sistema desenvolvido no oriente, enquanto o Hermetismo veio sendo desenvolvido com mais profundidade no ocidente. Contudo, Purusha corresponde exatamente ao que conhecemos no Hermetismo por Consciência e Prakriti corresponde à Fohat.

Quando pensamos em Transcendência estamos numa esfera de altíssima especulação, pois na Realidade, nada pode ser dito acerca da Transcendência, É o Inefável, Deixa Pra Lá. O que não impede a mente de buscar de alguma forma saciar sua sede de conhecer. A Consciência, no caso Purusha, É algo que está além da Creação, compõe Ela e Tudo Quanto Há, sendo o Registro Eterno de Todas as Infinitas Possibilidades Plasmadas. Contudo, passa a ser sentida e percebida a partir da Creação em sua Primeira Polarização em que se destaca a Consciência =Purusha e Fohat= Prakriti.


A Consciência ou Purusha está na Creação e também na Transcêndencia, digamos que a Consciência é a “parte do Poder Superior que se possibilita conhecer-perceber pela Mente, embora essa jamais possa dar conta de sua Totalidade, pois a plenitude da Consciência É o Próprio Transcendente.Ela É, Tudo Quanto Há. Ela È Infinita, nada está fora Dela. Prakriti É Fohat, ou seja, a Manifestação da Consciência se fazendo sentir enquanto CrEação a partir dos Elementos que constituem esse Plano. Purusha Reflete-Se em Prakriti, o Poder Superior Se Reflete na Creação