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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A Magia...

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É certo que, no que se refere a Magia, muito tem sido destorcido ou ficado na superficialidade. Existem realmente muitos "papagaios" pelo meio dos estudos herméticos, que ao ter acesso a conceitos e ensinos, passam a repeti-los, sem de fato vivenciá-los com propriedade. Isso na verdade não corresponde a algo maléfico, denota apenas um grau do desenvolvimento psíquico do ser. 
A Magia, vista pelo Hermetismo da Linha da VOH, não é apenas muito mais ampla, mas também traduz e redimensiona, em última análise, a mais Alta Magia à qual a linhagem humana buscará desenvolver no processo de Libertação do Mundo Imanente.
´É certo que Thoth - Hermes Trimesgistos - foi o responsável pelo estruturação das Leis Herméticas e das Escolas de Mistérios - Câmaras Espirituais - que aprofundavam especificamente em cada Ciência, entre elas a Magia e que ao longo dos tempos, com o declínio daquela civilização, o Conhecimento se fragmentou e se espalhou pelo mundo, ganhando diversas conotações ao contato com outras linhas de investigação, que embora tenham a mesma origem, adquirem os valores culturais e perceptivos de cada povo ou civilização. Sabemos que nos registros de antigas civilizações há citações da magia egípcia, da caldaica, da fenícia, da persa, da judaica (representada na Cabala), além de haver indícios de que povos de continentes extintos também exerciam magia.
A partir do movimento mentalista que teve um grande impulso no final do século XIX e início do século XX, tem ocorrido uma grande simplificação da Magia, onde muito tem se confundido da Magia com a Alquimia Mental, sendo atribuído a uma característica da outra. 

“A Magia visa despertar poderes pela utilização de práticas ritualísticas com objetos e símbolos que servem como "suportes" para a sintonia mental precisa” - JLE.

Em essência, a Magia, que não é o mesmo que Ilusionismo teatral ou prestidigitação, para acontecer requer alguns subterfúgios imprescindíveis, como ambiente adequado, objetos especiais, rituais precisos. Sem o intuito de aprofundar aqui, destacamos a existência da Magia Mimética, Magia Encantatória e  Magia Talismânica, também chamada magia dos pentaclos ou dos amuletos. Essa noção bem básica, mostra que a Magia não é simplesmente o que vem sendo afirmado por mentalistas ou hermetistas que não tem uma base mais profunda. Na Linha da VOH fica claro que existe grandes processos para se chegar realmente há algum domínio da Magia, e com isso também uma maior propriedade para falar acerca dela.
            Um outro ponto de confusão dentro dessa questão, certamente está na interpretação do Enunciado que afirma “O Universo é Mental” – Princípio do Mentalismo. Sem dúvida o Universo é Mental e Tudo existe na Mente do TODO. É possível realizar qualquer magia e criar qualquer realidade a partir da mente. Nessa esfera reside a arte da Alquimia Mental, pois tudo que existe manifesto no Universo, seja no nível em que for é Vibração, circulando em diferentes frequências e faixas vibratórias, sendo que pela Arte da Transmutação Mental, qualquer vibração pode ser alterada, resultando naquilo que se quer criar, sempre dentre das Leis Universais, pois nada escapa a Elas. Contudo, isso requer grande maestria, e, é tolice acreditar que sem as Chaves e o Conhecimento Arcano adequado se pode atingir esse patamar.
A Humanidade caminha para o mergulho na Mente Universal, para a volta ao UM, mas esse processo de Eons não deve ser projetado nas vivências ilusórias do Plano Imanente de forma a se confundir com o próprio Poder Superior. Como afirma o Caibalion: “Quão diferente é esta da horrível meia-verdade tão estrondosamente anunciada por alguns dos falsos sábios, que enchem a atmosfera dos seus gritos: "Eu sou Deus!" Imaginai o pobre diabo de Micawber ou de Uriah Heep, gritando: "Eu sou DI'Ckens"; ou algum dos humildes bobos das peças de Shakespeare, anunciando com grandiloquência: "Eu sou Shakespeare!" O TODO está até na minhoca, contudo, a minhoca está longe de ser o TODO.
É por tudo isso, que o Hermetismo da Linha da VOH não enfatiza a Magia, ao menos não nas Câmaras iniciais, onde o estudante buscará antes de mais nada entender esse Plano, conhecer as Leis que o regem, compreender os mecanismos dos códigos sócio-históricos-culturais que aprisionam o ser. Estudar a Mente e a Consciência, ou seja, compreender o Plano Imanente e especular analiticamente sobre o Transcendente, sendo levado a senti-lo. Quando então vem o estudo da Energia e do Universo Virtual, universos paralelos, multiversos, o aprisionamento e a Libertação. A partir do que tudo é ressignificado, e se percebe a ilusão em que se aprisionam muito magos, por apego a magia, pelo desfrute de um suposto prazer gerado por um poder relativo que muito mais limita do que expande. Na entanto, é válido frisar que essas altas análises, em nenhum momento faz com que a Magia, seja reduzida ou simplificada, apenas ressignificada em prol dos sentidos mais amplos relacionado a Libertação.

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