Priscila Dias
Contudo, as definições, os conceitos e as classificações são tudo aquilo que de mais "morto" há no processo de observação dos fenômenos que o ser experiencia. Isso porque a mente movimenta-se no sentido de compreender aquilo diante do qual está focada. Para tanto, ativa dentro de si diversos níveis vitais e dinâmicos, que articulam um encadeamento de conexões dialógicas, culminando com o momento em que o compreensão buscada é aparente ou parcialmente atingida, fase onde são formulados conceitos e classificações resultantes da análise... A partir disso, a tendência é que o ser se satisfaça e materialize o Conhecimento através de conjuntos conceituais, classificações, padrões e códigos. É nesse ponto que aqueles movimentos, que impulsionam a análise, perdem a força de atuação. Como a mente não cessa o seu processo analítico-observacional, não podemos dizer que os movimentos vitais e dinâmicos deixam de atuar, mas se deslocam para outro foco de observação. Logo, no decorrer de sua graduação analítica, o ser está mentalmente mergulhado em UM contínuo processo de movimentar-se em busca do entender, parar diante do conhecer e imediatamente redirecionar-se a outras e outras buscas. Portanto, o que ocorre é que o ser conhece aquilo que observa e analisa, configurando-se um conjunto de Conhecimento, onde as informações são registradas e classificadas. Nesse sentido, podemos afirmar que o resultado final da análise, ou seja, a apreensão da forma e dos sentidos intelectuais do objeto, mediante conceitos, classificações e códigos, representa o saber-compreender da mente.
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