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...Todo encontro É UM reencontro...

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Conceito = Imposição e Refutação. Conhecimento = Análise e Libertação

É de fato um  privilégio viver em tempos onde temos liberdade de pensar e expressar. Quão bom é temos um espaço onde possamos fazer isso de forma madura a partir de um foco comum de busca: o Conhecimento. Quão longos períodos foram os tempos em que a humanidade passou entregue a escuridão mental, a merce dos dogmas e interesses dos impositores. A rigor, esse tempo ainda está em vigor e são pouquíssimos os que já estão despertando. 

Na verdade, sempre que algo desperta e se manifesta como um conhecimento, logo surgem duas forças ao seu encontro, uma de imposição, a qual tenciona determinar que aquele conhecimento é verdadeiro e absoluto, outra de refutação, a qual buscará diversos elementos que desconstrua aquela verdade, não a aceitando e/ou desconstruindo-a. Isso seria simples se o Universo fosse apenas simples, mas se em essência ele É, em manifestação não, pois é um emaranhado complexo de Leis e desdobramentos, os quais dialogam com diferentes linhas de compreensão e níveis de percepção.



Destacamos a importância de se perceber alguns discretos meandros que podem existir nas refutações. Existem as reflexões que são buscas genuínas em se conhecer a essência que subjaz a tudo quanto há. Mas também, e é algo que acontece bastante, há as refutações que são impulsionadas por uma obstinada ideia de desconstruir e se rebelar ante a tudo o que está posto, sendo que o grande objetivo não é encontrar a essência reconciliadora do genuíno conhecimento, mas sim saciar a crença mais enraizada dentro do ser que assim procede: a de em nada crer. Todo ateu é o maior crente entre os crentes.


A rigor, a pessoa pode pensar o que quiser, ser tida como louca pelos demais etc, mas tem o direito de pensar. Contudo, ao trazer seus pensamentos com a intensão do debate, da análise, só encontrará com esse objetivo se vier com uma abertura para considerar outros aspectos e dialogar com os conhecimentos gerais para que então possa alicerçar suas teorias com maior coerência.

Em consonância com o Hermetismo da linha de Thoth, destacamos que todo conceito, teoria, paradigma, dogma, tudo quanto se manifesta nesse Plano é limitado. E sempre que algo atinge o limite do conceito, se desdobra setuplamente. Todo universo se desdobra infinitamente. Assim, a própria física atual, vem norteando os buscadores para as verdades arcanas que o Hermetismo a longínquas eras e ciclos vem homeopaticamente trazendo à humanidade: todo limite é ilusório. E, se todo conceito é um limite, logo todo conceito, a princípio é ilusório. O que Hermetismo amplia nessa questão aponta para a essência dessa problemática: o Conhecimento. É ele Quem É o foco, é Quem não deve ser perdido e é aquele que é sempre perdido de vista a partir da limitação dos conceitos pelos quais os buscadores se envolvem, encerrando a verdade a partir de um determinado paradigma.


O conceito, quando determina e encerra em si verdades absolutas gera imposição ou refutação. O Conhecimento quando mola propulsora do movimento mental do ser em busca da Essência Primordial gera análise e o conduz para a Libertação da ilusões dos emaranhados complexos do Universo Imanente.

Não estamos buscando adeptos ao Hermetismo, nem tencionamos encerrá-lo como um paradigma e uma verdade. Ele não é uma Instituição dogmática, uma religião. Mas sim uma Filosofia Pura que navega pelo Conhecimento da Mecânica do Universo, tanto em seu Modus Faciendi quanto o seu Modus Operandi. Onde evidencia que todos os paradoxos podem ser reconciliados, pois é a Chave Mestra que abre todas as portas do conhecimento e conduz o ser pelo caminho da Libertação de todas as ilusões e emaranhados desse Plano.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Símbolos .'. .'. .'.

Os símbolos podem ser vistos de muitas maneiras, a partir de diferentes perspectivas. No geral, em sentido mais profundo e esotérico, os símbolos são chaves que transportam a percepção do ser de uma faixa para outra. Por exemplo, perceptivamente diante de uma lemniscata, uma pessoa que não conhece os números, digamos, alguém que jamais estudou ou teve contato com os símbolos numéricos, não poderia dizer tratar-se do número oito, deitado, inclinado ou em pé, pois não teria referências associativas. Por outro lado, alguém que conheça os números, mas não tenha nenhum conhecimento do termo lemniscata, do conceito ou mesmo da ideia de infinito, no máximo diria tratar-se de um oito em determinada posição. Por sua vez, uma pessoa com maiores conhecimentos, diante do símbolo evocaria mentalmente as ideias filosóficas ou mesmo físicas de infinito, eterno etc. Assim, esse símbolo pode estar diante de diferentes graus de conhecimentos, mas aqueles que estão mais cientificados, mais preparados poderão mais facilmente entender a chave que está sendo posta em suas mãos conforme o símbolo se desvela. 

Isso tudo é relativo e paradoxal, pois mesmo aquele ser não alfabetizado pode, a partir de um processo meditativo-contemplativo, ou ainda, analítico-associativo, adentrar nos portais do conhecimento que o símbolo encerra em si mesmo. O que demonstra que, embora o intelecto seja muito importante, não é a unica via de acesso ao conhecimento e às chaves.

Uma analogia disso pode ser tirada a partir das Câmaras Herméticas, nem sempre um buscador da Primeira Câmara está correspondentemente na Primeira Câmara do Desenvolvimento espiritual, ele pode ainda nem ter chegado nessa Câmara, ou pode ainda já está na décima, décima-primeira e assim por diante. Da mesma forma, uma pessoa com adiantado conhecimento cientifico, filosófico etc, diante de um símbolo pode não acionar nada, até mesmo sequer enxergá-lo. Enquanto um ser mais limitado de intelectualmente pode através do mesmo símbolo abrir diversas portas de transformação espiritual, passando inclusive por profundas iniciações.

Em relação aos símbolos sagrados da Ordem Hermética, recebê-los é um merecimento individual e intransferível, denotando a ligação da pessoa com a Egregora. Pode acontecer rápido, levar muitos anos e as vezes em toda uma encarnação não ser recebido. Quando acontece rapidamente é sinal de que em encarnações anteriores ele já foi recebido. Recomenda-se o não esforço em encontrá-los.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Pensamento e envolvimento

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O Pensamento é um atributo do intelecto no aspecto imanente e um sentido superior no aspecto Transcendente. Através da nossa capacidade intelectiva, inerente a nossa condição mental em um Universo regido por Leis implacáveis, nós navegamos por nosso pensamento em inumeráveis possibilidades dentro dos infinitos níveis de manifestação que nos rodeiam, nos quais também estamos inseridos. Por correspondência, o pensamento é a ação excursionista e exploradora do nosso impulso de conhecer, abarcar, vivenciar e dominar, assim como a Mente Creadora É diante da Consciência Cósmica. Agimos através do pensamento, entre outros tantos atributos que nos compõe, representando de forma limitada o que a Mente Creadora É de forma ilimitada.

Sabemos que estamos interconectados, somos UM em essência, mas múltiplos em expressão e sendo o Universo composto essencialmente por Vibração, o pensamento também o é. Assim, podemos tanto influenciar, como sermos influenciados por pensamentos. Sendo que influenciar de forma objetiva requer considerável nível de conhecimento das leis e da energia. Por outro lado, ser influenciado depende do grau de envolvimento e identificação do ser com aquilo pelo qual está sendo com ele ou para ele direcionado. 

Quanto maior a lucidez, quanto mais o buscador consegue se manter em um estado de vigília, "eu Sou Eu Observando", mais facilidade terá para se manter no controle de si e não ser manipulado por inúmeras correntes ideológicas, filosóficas, espirituais, sociais, culturais, históricas etc. Porém, quanto mais se retira as camadas dessa problemática, mais o ser se dá conta de que em última análise, enquanto estiver perceptivamente envolvido pela Imanência e Seu Jogo Existencial, estará de alguma forma identificado com Algo ou Alguém, o que certamente influencia não apenas seu pensamento, mas seu poder ver, poder perceber, poder sentir, ainda que esse algo ou Alguém, seja a própria Mente Creadora.